“O Projeto é o Rascunho do amanha”

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Civilização Egípcia

A Civilização Egípcia

 
  Múmias, pirâmides monumentais, faraós poderosos e muito mistério. A civilização egípcia surgiu há mais de 6 mil anos, no vale do rio Nilo.
Nilo, o coração do Egito
   O rio Nilo nasce na África Central; a chuva que ocorre próxima às nascentes mantém o rio perene em pleno deserto.
   De julho a dezembro, o rio transborda, fertilizando as terras ribeirinhas.
   Um grande rio como o Nilo só pode ser aproveitado de forma ampla se houver o esforço coletivo para o tratamento rápido do solo para o plantio e a construção de canais de irrigação.
   O historiador grego Heródoto chamava o Egito de “Dádiva do Nilo”.
A história do Egito pode ser dividida em Período Pré-Dinástico, com início em 4000 a.C. e término em 3200 a.C., e Período Dinástico, que termina com a invasão dos persas.
   Durante milhares de anos, os povos que ocuparam o vale do Nilo fixaram-se em aldeias. As aldeias agrupavam-se em unidades de administração independentes, chamadas nomos. O único chefe, líder político, militar e juiz era conhecido como nomarca. Eventualmente, os nomos reuniam-se para atender a uma necessidade em comum, geralmente tarefas de interesse coletivo, como obras junto ao rio Nilo.
   Com o crescimento da população, os nomos passaram a guerrear entre si pelas melhores terras. Ao final destes conflitos, que duraram séculos, formaram-se dois reinos, o Baixo Egito e o Alto Egito. Em 3200 a.C., o rei Menés, do Alto Egito, conquistou o Baixo Egito, formando um único reino, tornando-se o primeiro faraó.
 Dinastia egípcia
 
   Com a junção dos dois reinos, o faraó passa a usar uma coroa dupla, branca e vermelha, cores de cada um dos antigos reinos, e portava um cetro, símbolo do poder.
   O faraó possuía várias esposas, geralmente parentes, mas apenas a primeira mulher recebia o título de rainha.
   O Estado egípcio era baseado na teocracia, um governo em que a classe sacerdotal detém o poder político. A religião, portanto, era muito importante e o faraó era considerado um deus.
   O respeito pela divindade do faraó mantinha o Egito unido. A partir do faraó, a vida egípcia era dividida em uma hierarquia social:
 Nobres: parentes do faraó, comandantes do exército e nomarcas, que passaram a ser, após a unificação, chefes locais da administração.
 Sacerdotes: a ltamente prestigiados pela população, diziam ter intimidade com os deuses. Além de seus conhecimentos, possuíam riquezas, pois eram intermediários no processo de doação às divindades.
 Escribas: jovens que recebiam instruções nas escolas do palácio, aprendendo os detalhes da leitura e escrita de hieróglifos. Tinham também conhecimentos de aritmética, cuidavam dos trabalhos administrativos e da coleta de impostos. Eram imprescindíveis ao governo do faraó.
 Soldados:pouco prestigiados pela população, viviam dos produtos recebidos com os saques em guerras. No exército egípcio, os soldados estrangeiros recebiam um pedaço de terra por seus serviços.
Camponeses e artesãos: a base da sociedade egípcia era a atividade agrícola e o trabalho de marceneiros, pintores, escultores, tecelões e ourives.
Todos trabalhavam para o faraó e sua nobreza, recebendo como pagamento parte da produção.
Como acreditavam na vida após a morte, guardavam parte de seus proventos para o próprio funeral, não se importando em ter uma vida humilde.
 Escravos: prisioneiros de guerra, que trabalhavam em serviços pesados, por exemplo, na construção de templos, palácios e pirâmides. Em geral, eram bem tratados pelos egípcios em comparação ao que outros povos faziam com os escravos.
 O Antigo Império (3200-2200 a.C.)

  A fase de maior prosperidade do Antigo Império foi em 2800 a.C. Mênfis tornou-se a capital do império e foram construídas as famosas pirâmides de Gizé, dedicadas aos faraós Quéops, Quefrén e Miquerinos.
   As pirâmides de Gizé, dos faraós Quéops, Quefrén e Miquerinos possuíam mastabas, outras pequenas pirâmides, que abrigavam os corpos dos funcionários mais próximos ao faraó.
  Entre 2400 e 2000 a.C. os nomarcas e a nobreza, descontentes com o poder absoluto do faraó, provocaram crises políticas e revoltas internas.

O Médio Império (2000-1750 a.C.)

  No ano de 2000 a.C., houve um movimento na cidade de Tebas para restauração do poder faraônico. Com a vitória sobre os nomarcas, o Egito novamente retoma a expansão.
   Tebas torna-se capital do império e o Egito investe nas conquistas militares, ocupando a Palestina e a Núbia (atual Sudão). O Egito sofre invasão dos hicsos, povo asiático que ocupou a região do delta do Nilo. A vitória dos hicsos deu-se principalmente pelo uso de seus carros de guerra puxados por cavalos.
   Neste período também chegaram ao Egito os hebreus.
 
Novo Império (1580-670 a.C.)

  Com a expulsão dos hicsos em 1580 a.C. e aproveitando os conhecimentos adquiridos com eles, houve a invasão da Síria e da Palestina sob o comando de Tutmés III, levando o domínio egípcio até o rio Eufrates.
  Com as riquezas e os escravos obtidos com conquistas, o Egito atingiu seu apogeu. Os sacerdotes passaram a ter grande prestígio, ameaçando constantemente o poder dos faraós.
   Ramsés II manteve um governo extremamente militarista. Com sua morte, porém, iniciam-se disputas internas pelo poder, enfraquecendo o governo e facilitando a ação de invasores.
   No final do século VII a.C., os assírios invadiram o país. A independência egípcia foi reconquistada com a invasão persa, mas não de forma duradoura. Em 332 a.C., o Egito foi dominado por Alexandre Magno e em 30 a.C. pelos romanos.

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