“O Projeto é o Rascunho do amanha”

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Guerra do Vietnã

A Guerra do Vietnã
 
  Em 30 de abril de 1975, os Estados Unidos se retiravam da Guerra no Vietnã. A intensa cobertura da imprensa (jornais e TV), mostrando os horrores dessa guerra, contribuiu para o surgimento de diversos movimentos pacifistas e a crescente pressão contra a presença militar dos Estados Unidos no sudeste asiático.
  O Vietnã, o Laos e o Camboja, formavam a Indochina, a região era dominada pela França desde 1860. Após um longo período de lutas, em que se destacou a liderança de Ho Chi Minh, o Vietnã, conseguiu sua independência da França, em 1954.
  Nesse ano, o governo francês, na tentativa de restabelecer a paz, convocou a Conferência Internacional de Genebra, que contou com a participação de grandes potências: Estados Unidos, União Soviética e China. O Vietnã foi dividido em dois países.
- ao norte, a República Democrática do Vietnã (comunista), com capital em Hanói. Governado por Ho Chi Minh, tinha o apoio dos países socialistas China e URSS;
- ao sul, a República do Vietnã (capitalista), capital em Saigon. Governado por Ngo Dinh Diem, era apoiado principalmente pelos Estados Unidos.
  O acordo de Genebra, previa eleições em 1956, que definiriam a reunificação do país. No entanto, depois da derrota militar da França, os Estados Unidos passaram a agir em duas frentes; primeiro procurava fortalecer o Vietnã do Sul e em segundo evitar que os Acordos de Genebra, assinados pela França, fossem cumpridos, opondo-se às eleições.
  Com o apoio do Vietnã do Norte, sul-vietnamitas contrários a essa decisão, formaram um grupo de guerrilheiros, o vietcongue. Chegaram a reunir 80 mil combatentes. Teve início a luta armada que durou mais de 15 anos.
  Em 1960, foi organizada a FNL (Frente Nacional de Libertação), de tendência socialista, que se opunha ao governo de Saigon. A FNL era apoiada pelo Vietnã do Norte e pelos países do bloco socialista.
  Para sustentar o governo de Saigon, os Estados Unidos decidiram intervir militarmente na região. Em 1963, o presidente norte-americano Lyndon Johnson, usando como pretexto o ataque norte-vietnamita a embarcações americanas (incidente do Golfo de Tonquim), intensificou o envio de tropas ao Vietnã. Em 1971 o "New York Times", revelou que o incidente fora forjado.
  Johnson designou o general Westmoreland para comandante-chefe das tropas do Vietnã do Sul. Westmoreland ordenou o ataque aéreo sistemático ao norte, com o uso de bombas de napalm e desfolhantes químico, atingindo sobretudo a população civil.
  Quase todos os recursos militares modernos foram utilizados pelos norte-americanos: tanques, pesados bombardeios aéreos e tropas que atingiram 500 mil soldados em 1969.
  Do outro lado, apesar dos recursos escassos, as forças do Vietnã do Norte, utilizando táticas de guerrilha, avançavam sobre o adversário.
  As vitórias vietcongues causaram um grande abalo psicológico nos Estados Unidos, forçando a Casa Branca a perceber que o impasse só poderia ser resolvido por via diplomática.
  Nessa guerra, os Estados Unidos perderam 57.939 soldados e 150 bilhões de dólares. Pressionado pela opinião pública americana e pelos movimentos pacifistas, o governo norte-americano foi obrigado a retirar suas tropas do Vietnã e a iniciar negociações de paz, na cidade de Paris. Nesse Acordo de Paris, firmado em janeiro de 1973, entre o secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger e o emissário do Vietnã do Norte, Le Duc Tho, as negociações levaram à decisão de retirada definitiva das tropas americanas da região, ao cessar-fogo e à formação de um conselho para organizar eleições gerais no Vietnã do Sul.
  A guerra ainda se prolongou por mais algum tempo, sendo marcada pelo avanço das forças socialistas, até a rendição total do exército sul-vietnamita, em 1975. Saigon foi tomada pelos norte-vietnamitas e vietcongues, e seu nome mudado para Ho Chi Minh. Um ano depois, os dois Vietnãs se uniram, formando a República Socialista do Vietnã.

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