10 ataques aéreos que mudaram a história do mundo
“O poder aéreo pode acabar com a guerra, ou com a civilização” – Winston Churchill, 1933.
Ele
estava certo, não? Manter a superioridade aérea foi um fator muito
importante em todas as grandes guerras travadas desde a invenção do
avião, seja as clássicas batalhas da Primeira Guerra Mundial ou os
bombardeios atômicos da Segunda, até o uso mais recente de aviões contra
(ou a favor) do terrorismo.
As missões calculadas de ataques
aéreos começam pós-Primeira Guerra Mundial. Esta lista fala sobre dez
delas, mostrando como as aeronaves militares foram fundamentais na
formação da história e política do mundo.
1 – BOMBARDEIO DE GUERNICA
O
único conflito importante durante a calmaria entre as duas Guerras
Mundiais na Europa foi a Guerra Civil Espanhola. Guerras implacáveis
pela independência ocorreram em vários países durante décadas, mas
nenhuma escalou para o status de uma total guerra destrutiva como essa.
Típica
Guerra Civil: uma facção da população (os nacionalistas, liderados pelo
general Francisco Franco) lutando com outra (os republicanos que
estavam protegendo o governo de esquerda). E como a maioria das guerras
civis, os países vizinhos viram nela uma oportunidade para intervir com
suas próprias forças.
Como resultado, a União Soviética ajudou os
republicanos fornecendo-lhes aviões Polikarpov e Tupolev SB-2. A
Itália, sob influência de Mussolini, apoiou Franco. Os nacionalistas
também pediram a ajuda de um aliado muito mais formidável: a Alemanha. A
Alemanha, que estava procurando uma desculpa para desviar a atenção
internacional de seu próprio rearmamento militar saltou em auxílio.
Enviou quase 19 mil voluntários à Espanha, que formaram o que ficou
conhecido como a Legião Condor.
Apesar de suas raízes
aparentemente amadoras, os bombardeiros da Legião Condor atacaram a
pequena cidade de Guernica, no norte da Espanha, em 26 de abril de 1937.
Apesar de Guernica não ter nenhum valor estratégico do ponto de vista
militar, este ataque de codinome Operação Rügen mudou a visão do mundo
sobre o potencial do bombardeiro. Por mais de três horas, o alemão
Heinkel He-111, acompanhado por combatentes, bombardeou a pequena cidade
com 45.000 kg de bombas explosivas e incendiárias, dizimando quase um
terço de toda a população e ferindo milhares. 70% da cidade foi
destruída e os incêndios começados pelas bombas duraram três dias.
Para
a Alemanha, este ataque foi um enorme sucesso porque foi uma
oportunidade de testar suas próprias tropas e equipamentos. Esta foi
também a primeira instância de uma tática nazista. Além disso, este
ataque fez muitos outros países europeus temerem a Alemanha, cedendo às
suas exigências.
2 – BLITZKRIEG SOBRE A POLÔNIA
A
guerra relâmpago sobre a Polônia começou a Segunda Guerra Mundial em 1
de setembro de 1939. O Blitzkrieg era uma espécie de estratégia de
batalha nunca vista antes. Baseava-se inteiramente em velocidade, tato e
surpresa, e foi especialmente concebida para gerar choque psicológico e
caos em terreno inimigo.
Uma combinação formidável da força
aérea alemã, apoiada por forças terrestres, provou ser muito poderosa
para os poloneses mal preparados enfrentarem. A melhor aeronave do
inventário polonês, o PZL P.11, foi amplamente superada pela
Messerschmitt nas habilidades de manobrabilidade, velocidade e ataque.
A
Polônia, no entanto, resistiu. Eles fracassaram, mas levaram um pouco
da Alemanha no processo. O Ministério da Propaganda alemão afirmou que a
Força Aérea polonesa havia sido destruída no primeiro dia, o que estava
longe da verdade. Vários bombardeiros alemães foram destruídos e os
pilotos poloneses tomaram medidas desesperadas para salvar sua nação,
incluindo atacar aviões alemães sozinhos. Mas quando a União Soviética
entrou pro lado da Alemanha e atravessou a fronteira da Polônia, selou o
destino da nação sitiada.
A Força Aérea polonesa continuou a
luta. Muitos pilotos desesperados e valentes partiram para o céu
sozinhos contra enormes formações alemãs, em missões praticamente
suicidas. Outros pilotos poloneses escaparam da Polônia a fim de
continuar a lutar em países amigos, como França e Reino Unido.
Blitzkrieg
da Alemanha sobre a Polônia foi o primeiro de uma série de ataques que
mais tarde incluíram Bélgica, Holanda e França, no decurso da Segunda
Guerra Mundial.
3 – A BATALHA DA GRÃ-BRETANHA
Junho
de 1940. Depois de Polônia, Bélgica, Holanda e França, Hitler decide ir
com tudo para cima da Grã-Bretanha. Isso gerou uma das batalhas aéreas
mais incríveis de toda a história humana e fez a fama de dois grandes
caças britânicos: os caças Supermarine Spitfire e Hurricane Hawker.
O
principal impedimento a uma invasão alemã da Grã-Bretanha foi o Canal
Inglês e a superioridade naval britânica. Hitler decidiu, portanto,
ganhar o controle primeiro sobre os céus.
Os alemães enviaram uma
força de ataque gigantesca, compreendendo 1.300 bombardeiros,
bombardeiros de mergulho e 1.200 combatentes. A força britânica tinha um
número muito menor à sua disposição – apenas 600 combatentes (Spitfires
e Hurricanes).
Mas os alemães não tinham organização e foram
pegos de surpresa pela tecnologia de radar britânica que advertiu onde e
quando os alemães iam atacar, antes dos ataques reais. Os ataques
alemães foram confinados aos portos, campos de pouso, Instalações de
Comando de Caça e estações de radar em uma tentativa de enfraquecer a
defesa britânica.
Embora a Grã-Bretanha tenha perdido um grande
número de jovens pilotos, os alemães sofreram ferimentos mais pesados.
Cerca de 600 Messerschimtts e Heinkels foram destruídos. Os britânicos,
em seguida, retaliaram com um ataque surpresa a Berlim. Isso enfureceu
Hitler, que mandou atacar Londres.
O ataque sobre Londres levou a
enormes baixas civis, mas deu tempo ao comando britânico de se
reagrupar e reorganizar. A fortaleza mostrada pelos ingleses foi
incrível e inspiradora. Toda a população parecia pronta para lutar com
unhas e dentes contra todas as probabilidades.
O espírito do povo
poderia ser resumido nas palavras de Winston Churchill: “Não vamos
desistir nem falhar. Iremos até o fim. Lutaremos na França, nos mares e
nos oceanos; lutaremos com crescente confiança e com crescente força
aérea. Vamos defender nossa ilha a qualquer custo; nós lutaremos nas
praias, campos de pouso, nos campos, nas ruas e nas colinas. Jamais nos
renderemos e mesmo, o que eu não acredito por um momento, que esta ilha
ou uma grande parte dela forem subjugadas e passem fome, então nosso
império além-mar, armado e guardado pela frota britânica, vai continuar a
luta”.
No final, os desorganizados caças alemães, embora em
maior número, não eram páreo para os Spitfires e Hurricanes britânicos.
Os alemães estavam perdendo seus combatentes mais rápido do que poderia
produzi-los. Hitler cancelou o ataque e a invasão da Grã-Bretanha foi
adiada indefinidamente.
4 – OS DAMBUSTERS
O
Esquadrão 617 foi o mais famoso da Força Aérea Real (RAF, da Grã
Bretanha) na Segunda Guerra Mundial. Eles se envolveram no ataque mais
interessante da história dos ataques aéreos.
Uma missão altamente
secreta, de codinome Operação Chastise, era destinada a violar três das
mais importantes barragens alemães que mantinham mais de 300 milhões de
toneladas de água vital para as indústrias da Alemanha. As barragens
tinham pesadas defesas antiaéreas. Para fazer um ataque bem sucedido, os
bombardeiros da RAF teriam que evitar o fogo antiaéreo a todo custo. A
abordagem planejada foi engenhosa.
Os bombardeiros se
aproximariam das barragens, mantendo-se muito (mesmo) baixos, quase
deslizando sobre a superfície da água. Isto asseguraria que todo o fogo
antiaéreo sobre eles não os machucaria. A bomba utilizada foi uma bomba
de fiação especial que saltava sobre a superfície da água. Antes de
soltar a bomba, ela seria girada até velocidades de 500 rpm, de modo que
quando atingisse a água, pularia em toda a superfície em vez de
afundar. A tripulação teve que liberar a bomba a exatamente 345 km/h e
18,3 metros acima da superfície da água. Além disso, a bomba tinha que
tocar a superfície da água a precisamente 388 metros da parede da
represa, com não mais de 6% de desvio.
A aeronave escolhida foi
nada menos que a lendária Lancaster, um dos bombardeiros da RAF. 19
delas decolaram com 133 tripulantes a bordo, e com sucesso violaram duas
barragens. O terceiro ataque falhou devido a dificuldades técnicas.
Os
britânicos também sofreram danos. Um dos Lancasters até atingiu o mar. 8
Lancasters e 56 membros da tripulação não conseguiram voltar. No
entanto, a intenção britânica foi alcançada. Na Alemanha, inundações
ocorreram e a eletricidade e as ferrovias foram interrompidas. Os
alemães, entretanto, foram surpreendentemente rápidos com as obras de
reparação.
O esquadrão 617 ficou conhecido como “Dambusters” (“destruidores de barragens”).
5 – PEARL HARBOR
O
ataque histórico a Pearl Harbor, que fez o presidente Franklin
Roosevelt proclamar que aquela data viveria na infâmia, foi um dos
ataques aéreos mais súbitos e surpreendentes da história da guerra
moderna.
Em 7 de dezembro de 1941, ondas de bombardeiros
japoneses, apoiados por hordas de combatentes, foram avistados sobre a
fortaleza naval dos EUA no Havaí, chamada Pearl Harbor. 353 caças
japoneses, bombardeiros e aviões de torpedo causaram estragos a uma
desavisada marinha americana.
O ataque deveria ser de natureza preventiva, impedindo os EUA de competir com os japoneses em sua conquista das Índias
Orientais Holandesas e Malásia. A marinha dos EUA sofreu uma enorme quantidade de danos. Quatro de seus navios de guerra principais foram afundados. Outros sete também tiveram o mesmo destino. Cerca de 200 aviões americanos foram destruídos e cerca de 2.500 homens foram mortos e outros milhares feridos. As perdas do Japão foram muito menores: 29 aeronaves e 5 minissubmarinos foram perdidos, e 65 homens foram mortos ou feridos.
Orientais Holandesas e Malásia. A marinha dos EUA sofreu uma enorme quantidade de danos. Quatro de seus navios de guerra principais foram afundados. Outros sete também tiveram o mesmo destino. Cerca de 200 aviões americanos foram destruídos e cerca de 2.500 homens foram mortos e outros milhares feridos. As perdas do Japão foram muito menores: 29 aeronaves e 5 minissubmarinos foram perdidos, e 65 homens foram mortos ou feridos.
Havia, no entanto, duas desvantagens em Pearl Harbor,
que os japoneses ou negligenciaram ou conscientemente não consideraram.
Uma delas foi a proximidade do porto da costa; a maioria dos navios
estavam em águas rasas, o que permitiu que alguns dos navios afundados e
danificados fossem recuperados e reparados, e as baixas humanas foram
muito menores do que os japoneses podiam querer. A segunda desvantagem
foi que três navios importantes americanos não estavam presentes em
Pearl Harbor naquele momento, que se afundados teriam custado aos EUA
muito mais.
O ataque a Pearl Harbor automaticamente culminou com
os EUA declarando guerra ao Japão. Isto iniciou uma cadeia de alianças
diplomáticas e, em breve, a Alemanha nazista e a Itália fascista tinham
também declarado guerra aos EUA. A política americana de apoio
clandestino a Grã-Bretanha se transformou em uma aliança ativa e
poderosa, quando o país entrou na Segunda Guerra Mundial.
6 – BOMBA ATÔMICA
Foi
no final de 1944 que os EUA começaram a lançar bombardeios de grande
escala ao Japão e, em maio de 1945, muitas das principais cidades
japonesas estavam devastadas. No entanto, o governo americano gastou
3,18 milhões de reais e cerca de 200 mil pessoas trabalhando horas
extras em um determinado Manhattan Project (Projeto Manhattan), um
projeto secreto, cuja única missão era construir uma super arma,
diferente de qualquer outra na história humana – a bomba atômica.
Depois
de alguns testes preliminares sob a liderança do coronel Paul Tibbets,
uma equipe secreta foi escolhida a dedo e recebeu treinamentos especiais
para fazer apenas uma coisa – lançar a bomba atômica.
O B-29 foi
a escolha automática para um bombardeiro, pois em 1944 era o
bombardeiro mais avançado tecnologicamente. Quinze foram especialmente
modificados para transportar a bomba nuclear. Tibbets e sua tripulação
foram submetidos a um treinamento intensivo para esta missão de elite,
incluindo voo de altitude, navegação de longo curso, bem como uma rota
de fuga rápida. A fuga rápida era fundamental, pois a detonação da bomba
atômica iria criar ondas de choque enormes.
Três alvos foram
escolhidos, Hiroshima, Kokura e Nagasaki. O ataque foi marcado para
agosto de 1945, desde que o tempo permitisse. Em 6 de agosto, o B-29
chamado “Enola Gay”, pilotado pelo próprio Tibbets, derrubou uma bomba,
“Little Boy”, de 4406 quilos, às oito da manhã sobre Hiroshima. Quando a
bomba foi detonada, o avião inteiro tremeu com as ondas de choque.
Robert Lewis, copiloto de Tibbets, olhou com horror conforme a nuvem de
cogumelo surgiu, e as únicas palavras que lhe escaparam foram: “Meu
Deus, o que fizemos?”.
A segunda bomba, “Fat Man” (e última do
arsenal dos EUA), foi lançada no dia 9 de agosto pelo B-29 denominado
“Bockscar”, sobre a cidade industrial de Nagasaki. O alvo intencional
era Kokura, mas as nuvens estavam encobrindo a cidade. Quando a bomba
foi detonada, o Bockscar tremeu no ar, e um dos membros da tripulação
disse mais tarde que era como se o avião estava “sendo espancado com um
poste de telefone”.
O Japão se rendeu incondicionalmente em 14 de agosto. O fim da Segunda Guerra Mundial tinha começado, assim como a era nuclear.
7 – GUERRA DA COREIA
A
Guerra da Coreia foi um marco na guerra aérea, porque, pela primeira
vez, caças participaram ativamente de batalhas aéreas. Enquanto os
primeiros jatos tinham sido usados pela Alemanha nos últimos dias da
Segunda Guerra Mundial, eles não tinham desempenhado um papel importante
na guerra. A Guerra da Coreia foi a primeira que lançou avião contra
avião.
A Guerra eclodiu com a Coreia do Norte invadindo a Coreia
do Sul em junho de 1950. Para lidar com a agressão comunista contra a
Coreia do Sul, os Estados Unidos ajudou enviando caças Mustang. A China
correu ajudar os comunistas, e a União Soviética ofereceu apoio militar.
Os primeiros dias da guerra viram batalhas aéreas entre os EUA e
aviões soviéticos. Mais tarde, quando as Nações Unidas intervieram em
apoio à Coreia do Sul, as batalhas se tornaram mais acirradas e caças
mais modernos foram trazidos.
Estes incluíram os americanos F-80 Shooting Star e F-86 Sabre, e o MiG 15 soviético. O primeiro encontro entre Sabre e MiG 15 aconteceu em dezembro de 1950, quando quatro Sabres interceptaram quatro MiGs. Mais tarde, oito Sabres derrubaram seis MiGs. A Força Aérea da Austrália também participou, enviando F-51 Mustangs e F-8 Gloster Meteors. Eles não eram, contudo, páreos para os MiGs.
Estes incluíram os americanos F-80 Shooting Star e F-86 Sabre, e o MiG 15 soviético. O primeiro encontro entre Sabre e MiG 15 aconteceu em dezembro de 1950, quando quatro Sabres interceptaram quatro MiGs. Mais tarde, oito Sabres derrubaram seis MiGs. A Força Aérea da Austrália também participou, enviando F-51 Mustangs e F-8 Gloster Meteors. Eles não eram, contudo, páreos para os MiGs.
8 – OPERAÇÃO BLACK BUCK NAS MALVINAS
As
Ilhas Malvinas estavam sob domínio britânico desde 1833. No entanto, a
Argentina, em uma tentativa de adquirir a soberania sobre as ilhas, as
invadiram em 1982. Campanhas da Grã-Bretanha para recuperar o controle
perdido foram dificultadas pela distância. Uma vez que a Força-Tarefa
britânica chegou ao local, teve que combater com a força aérea
argentina. Era imperativo destruir a pista argentina em Port Stanley, a
fim de torná-la inútil para a Força Aérea Argentina. Também, estações de
radar argentinas tiveram que ser retiradas de modo que os caças
britânicos poderiam atacar sem ser descobertos antes.
As missões
tinham que acontecer em segredo absoluto e a partir de território
amigável. Isto fez com que os britânicos deslocassem a sua base para uma
pequena ilha no Atlântico, chamada de Ilha da Ascensão. Isso não era
nada perto das Malvinas, e missões de bombardeio sobre distâncias tão
grandes nunca tinham sido tentadas antes. O avião escolhido foi o Avro
Vulcan, um bombardeiro a jato britânico da era pós Segunda Guerra
Mundial.
O nome da Operação era Black Buck. A logística envolvida
nas missões era surpreendente – cada ida e volta dava cerca de 13.000
quilômetros. Os aviões tinham que ser reabastecidos várias vezes.
Dois
deles decolaram no dia 30 de abril de 1982, cada um com 21 bombas,
escoltados por 11 aeronaves. Um desenvolveu alguns problemas técnicos e
teve de voar de volta para base. A missão, portanto, se resumia a um
único Vulcan.
A 40 quilômetros de distância de Stanley, começou o
bombardeio final. Todas as 21 bombas foram jogadas na diagonal. A pista
foi destruída e a Argentina ficou chocada. A insegurança dizia que, se
bombardeiros britânicos podiam atacar as Malvinas, não havia nada que os
impedia de atacar a Argentina. O país se rendeu.
9 – OPERAÇÃO EL DORADO
Após
uma série de ataques terroristas nos EUA em 1986, as agências de
inteligência afirmaram ter provas “irrefutáveis” de que os incidentes
tinham sido patrocinados pela Líbia. A Operação El Dorado foi a resposta
dos Estados Unidos.
A operação envolveu uma missão de
bombardeio, ainda mais longe do que a Black Buck. A logística das
missões ficou ainda mais complicada quando França, Itália, Alemanha e
Espanha se recusaram a cooperar com os EUA. Somente o Reino Unido estava
disposto a dar algum território para servir como base.
O avião
escolhido foi o extremamente rápido F-111. A Operação El Dorado Canyon
envolveria uma ida e volta de 13 horas que exigia nada menos que doze
reabastecimentos em voo.
Os 24 F-111 saíram do solo britânico em
14 de abril de 1986. Seis deles eram aeronaves de reserva. A marinha dos
EUA iniciou um ataque simultâneo. Os ataques foram bem sucedidos e
resultaram em danos graves nos principais alvos da Líbia, mas não foi
uma missão fácil. A Defesa Aérea da Líbia estava praticamente a par com a
tecnologia soviética.
O ataque acabou em pouco mais de 10
minutos e 12 F-111 voltaram ao solo britânico. A missão foi considerada
um sucesso, colocando um fim aos ataques terroristas libaneses sobre os
EUA.
10 – GUERRA DO GOLFO
A
Guerra do Golfo viu o uso de alguns dos bombardeiros mais avançados que
existem hoje. Um dia após o prazo que a ONU tinha fixado para o Iraque
se retirar do Kuwait, as forças aliadas fizeram um dos maiores ataques
aéreos de todos os tempos.
A campanha foi realizada pelos EUA, Arábia Saudita, França, Itália e Kuwait, bem como por várias forças árabes.
O
Lockheed F-117 foi usado nesta missão. O F-117 sobrevoou Bagdá e
destruiu comandos e centros de controle. As defesas antiaéreas
dispararam aleatoriamente, passando longe, porque o F-117 não podia ser
visto graças à tecnologia superior.
Mais tarde, o B-52, um dos
maiores bombardeiros já construídos na história, foi trazido para o
ataque. Os aviões fizeram uma ida e volta de mais de 22.000 quilômetros
por quase 35 horas, a mais longa viagem da época. Outros
caças-bombardeiros juntaram-se ao ataque e o sistema de defesa iraquiano
enfraqueceu.
No primeiro dia da Operação Desert Storm
(Tempestade no Deserto), o controle do solo e as defesas antiaéreas do
Iraque foram destruídos. Mais tarde, mísseis aniquilaram todas as pontes
principais do país. Vinte pontes sobre o Tigre e o Eufrates foram
devastadas, cortando todas as linhas de alimentação e de comunicação das
forças militares iraquianas no Kuwait.
Na etapa final da Guerra,
o B-52 abateu as forças terrestres iraquianas, e em 3 de março de 1991,
o Iraque finalmente aceitou cessar-fogo. A Guerra do Golfo mostrou o
potencial dos bombardeiros modernos em devastar países inteiros e forçar
derrotas.
Fonte: Listverse
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