As Cruzadas |
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Em 1071, a Palestina foi reconquistada pelos
turcos otomanos, de religião muçulmana, que proibiram peregrinações ao Santo
Sepulcro.
O Papa Urbano II, os representantes
europeus para um Concílio em Clermont, na França, em 18 de novembro de 1095. O papa
encorajou os fiéis a desencadear uma guerra contra os "infiéis
muçulmanos" - uma guerra santa, com o objetivo de reconquistar a Terra
Santa.
As expedições de reconquista foram chamadas de
cruzadas, pois a cruz, símbolo dos cristãos, estava representada em suas
roupas e bandeiras. O termo "Cruzadas"
surgiu somente na segunda metade do século XIII. Em textos de época, as
primeiras viagens são chamadas de peregrinações ou guerra santa.
Além da questão religiosa, outros fatores
levaram às cruzadas: a necessidade de novas terras para a crescente população
européia; os nobres europeus sem terras que cobiçavam as riquezas do Oriente e
os comerciantes europeus, principalmente das cidades italianas de Gênova e
Veneza, que ambicionavam dominar o comércio de artigos de luxo e especiarias
orientais.
O papa desejava unificar a Igreja Católica,
que havia sofrido uma ruptura em 1054, o Cisma do Oriente.
Os senhores feudais apoiavam as cruzadas,
pois era uma maneira de se livrarem do excesso populacional. Os reis desejavam
recuperar seu prestígio. Os comerciantes interessavam-se, pois as
cruzadas eram um meio de conseguir melhores condições de navegação no
Mediterrâneo, com a expulsão dos árabes.
Entre 1096 e 1270, milhares de europeus
realizaram oito expedições militares (oficiais) à Terra Santa para tentarem
tirar a região do domínio turco.
Dentre as oito cruzadas, duas
destacam-se:
A Terceira Cruzada, entre 1189 e 1192, da qual
participaram reis importantes da época, como Ricardo Coração de Leão, da
Inglaterra, Filipe Augusto, da França, e Frederico Barba Ruiva, da Germânia,
demonstrando o nítido interesse dos reis em obter meios que lhes garantissem
o fortalecimento ante a nobreza.
A Quarta Cruzada, realizada entre 1202 e 1204, em
vez de dirigir-se à Palestina, rumou para Constantinopla, conquistando-a e
transformando-a em entreposto comercial entre Oriente e Ocidente.
Mercadores da cidade italiana de Veneza
abasteciam-se de valiosos produtos orientais (especiarias) em Constantinopla,
comercializando-os depois no mercado europeu. Assim, o mar Mediterrâneo
voltava a ser uma importante área comercial européia.
Apesar de não ter alcançado o objetivo de
libertar o Santo Sepulcro dos turcos, as cruzadas trouxeram conseqüências
importantes para a Europa, como: a demonstração da unidade religiosa do
Ocidente; o enfraquecimento do poder feudal e a diminuição da mão-de-obra nos
feudos; a difusão dos hábitos orientais e o desenvolvimento do comércio entre
Ocidente e Oriente.
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011
As Cruzadas
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