A Vida no Século XIX
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O Avanço Tecnológico
O avanço tecnológico
acelerou a passagem de uma economia essencialmente agrária e artesanal para
uma economia industrial, e isso transformou a vida das pessoas no século XIX.
Com a Revolução Industrial
as pessoas podiam viajar em trens a vapor, numa velocidade de 150 km por hora,
ou em navios também movidos a vapor.
A Revolução Industrial
trouxe progresso e inúmeros benefícios materiais e conforto às pessoas. A
máquina diminuiu os esforços físicos dos homens. A burguesia chegou ao poder e
passou a conduzir a economia. As casas burguesas da Inglaterra, no século XIX,
já contavam com iluminação a gás. Luxos como cortinas e tapetes tornaram-se
mais acessíveis, sobretudo quando adquiridos nos grandes magazines que
surgiram em Londres ou Paris a partir de 1840.
A vida ficou mais
interessante com as máquinas fotográficas, os gramofones, as máquinas de
escrever e as porcelanas inglesas, entre outros.
Antonio S. G. Meucci criou
um protótipo do telefone, e vendeu a sua criação a Alexander Graham Bell, que
o aperfeiçoou em 1876 e o patenteou como invenção sua. Somente em 2002, o
Congresso dos Estados Unidos aprovou uma resolução reconhecendo Meucci como o
inventor verdadeiro do telefone.
Em 1900, a maior parte do
mundo estava interligada pelos cabos do telégrafo elétrico.
Com os avanços as
notícias difundiam-se com mais rapidez.
As
Cidades do Século XIX
Mas, os benefícios do
progresso não eram para todos. As cidades do século XIX, como Londres ou
Paris, cresceram sem planejamento. Operários e burgueses já não dividiam a
mesma vizinhança; os trabalhadores moravam junto às fábricas enquanto os
patrões moravam nos subúrbios mais distantes e arborizados.
As cidades foram surgindo
em torno das fábricas. As ruas eram estreitas e formavam labirintos; as casas
dos operários eram pequenas e miseráveis, grudadas umas às outras. Os cômodos
não tinham janelas.
O ar sufocava com os gases
das chaminés e não havia serviços públicos básicos, como água limpa ou rede de
esgotos. Essas cidades industriais eram feias, sujas e tristes; seus rios,
imundos. Essa situação favorecia a disseminação de epidemias e doenças;
cólera, varíola, escarlatina e tifo eram frequentes entre os trabalhadores. O
trabalho nas fábricas consumia cerca de 15 horas por dia de homens, mulheres e
crianças – algumas com apenas 5 anos. Os salários eram muito baixos, não
permitindo aos trabalhadores usufruírem das maravilhas da sociedade
industrial.
As aldeias transformaram-se
em grandes cidades e parte da população rural deslocou-se para os centros
urbanos em busca de trabalho nas fábricas. Aliado ao aumento da produção e da
produtividade houve sensível aumento populacional: entre 1750 e 1850, a
população da Inglaterra quase triplicou.
O preço na alimentação foi
reduzido com o progresso nos métodos agrícolas – a máquina semeadora é um
exemplo -, a importação de mercadorias de outros países, como os Estados
Unidos, e o barateamento nos transportes devido às estradas de ferro.
A invenção da comida
enlatada, que se conservava por muito mais tempo, mudou hábitos alimentares.
Se até o século XIX, o alimento sempre vinha das hortas e plantações locais, a
partir de então ele poderia vir de qualquer canto do mundo.
O Trabalho nas
Indústrias
Têxteis
Com a introdução das
máquinas, a força muscular deixou de ser necessária ao trabalhador das
indústrias têxteis. Passou a ser aproveitado então o trabalho de mulheres e
crianças, com salários que chegavam a ser a metade do que se pagava a um homem
adulto. Os dedos finos das crianças eram úteis na manutenção das máquinas e
seu porte físico adequado ao espaço apertado entre as instalações.
A disciplina era rigorosa e
os acidentes de trabalho eram muito frequentes, reflexos de má alimentação e
fadiga. Algumas crianças trabalhavam sobre pernas de pau, para alcançarem os
teares. Se adormecessem, podiam ter seus dedos estraçalhados nas engrenagens.
A literatura dessa época
fala de personagens pálidos, quase sem vida. A partir de meados do século XIX,
houve melhoras nas condições de trabalho, devido e reações e pressões dos
próprios trabalhadores organizados em associações e sindicatos.
James Watt
Entre 1769 e 1782, o
escocês
James Watt aperfeiçoou a máquina a vapor. Sua máquina logo foi
adaptada ao tear, aos navios e fez nascerem as locomotivas.
Mais tarde, a
Revolução Industrial prosseguiu com a metalurgia, a eletricidade, a indústria
química, o motor à explosão e a energia nuclear.
Depois da invenção das
máquinas, a vida começou a se acelerar. A travessia do oceano Atlântico, que
duraria de seis a oito semanas (as naus que descobriram o Brasil demoraram 43
dias para chegar aqui, por exemplo), teve seu tempo reduzido de 8 a 15 dias.
Em 1900, esse tempo diminuíra para uma semana. Nos anos de 1940, ainda de
navio, fazia-se o trajeto entre Londres e Nova York em quatro dias e meio. Com
o advento dos aviões, esse tempo caiu ainda mais: em 1950, os aviões
comerciais faziam a travessia em 18 horas, com os aviões supersônicos (hoje,
os aviões supersônicos estão limitados apenas a fins militares), pode-se fazer
a viagem em apenas três horas.
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011
A Vida no Século XIX
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